Colateral ( Collateral).
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É nesse elogiado drama policial que Tom Cruise (O Último Samurai) vive o primeiro vilão de sua carreira. Ele é Vincent, um matador de aluguel que tem alguns serviços para fazer em uma noite em Los Angeles. Para se deslocar de uma vítima para outra, ele pega o táxi de Max (Jamie Foxx, de Ali). Mas o motorista descobre a verdadeira profissão de seu passageiro após a primeira morte, pois o corpo da vítima cai da janela do apartamento em cima do táxi. Encurralado, Max não tem como fugir e será obrigado a conduzir o matador por toda a noite. Surge uma relação tensa entre os dois, que culmina em um clímax de tirar o fôlego. Cruise fora convidado para fazer o papel do motorista, mas achou que seria um desafio muito maior fazer o bandido e não faz feio do outro lado da lei. Foxx, que em breve será visto no papel de Ray Charles, também tem uma atuação segura como o motorista honesto que se vê preso em uma verdadeira ratoeira. A direção é de Michael Mann (Ali; O Informante), que mais uma vez se revela mestre em criar uma atmosfera de tensão em meio ao caos urbano. O roteiro de Stuart Beattie prima pela dramaticidade, dando mais espaço para as relações humanas do que aos tiroteios e mortes. A noite de Los Angeles é belamente fotografada pelas lentes de Dion Beebe (Em Carne Viva; Chicago) e Paul Cameron (A Senha: Swordfish). Com o auxílio dos dois diretores de fotografia, o diretor Mann realizou um dos melhores filmes já rodados em digital. Como toda a ação se passa à noite, a película não captaria tantos detalhes e uma imagem tão clara sem o recurso digital. Não é à toa que recebeu um prêmio especial no Festival de Veneza, em setembro passado.

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